certeza: tá tudo lá.

essa coisa de tempo ao tempo só fez sentido uma vez na minha vida. e, no jogo, aposto que nunca pra ninguém. mas, mesmo assim, mesmo que pra efeitos empíricos seja lorota, a coisa do tempo passar; pra efeitos psico-filósofo-somáticos, ela esclarece. é um pouco cruel até, ou, na verdade, tem sido.

as pessoas vão crescendo (ou envelhecendo, porque eu mesma tenho tido esse pesar do envelhecer) e vão se tornando mais claras, mais óbvias, mais extremas. parece que tudo nelas, na gente, vai se tornando mais concreto e menos possível. tudo é mais irremediável. e tudo parece mais sincero, de um jeito um pouco questionável. como se aquilo, que se esclarece, extremiza (, estremece) ou escancara - cru e calmamente -, tivesse sempre sido verdade.

até agora há pouco eu mesma tinha certeza que "sim! verdades eternas, vindo à tona, isso aí".
agora mesmo já não sei. mas parece, não? pensa nisso.

lá em cima.

para julia.

pelos velhos tempos e discussões mais atuais. saudades.

comecei.

espaço porteño

piadas a parte, aqui tem espaços bem interessantes.

desagradável

fotografar aqui é uma coisa estranha. não me sinto preparada pra fotografar a cidade, me sinto pressupondo-a, talvez. e `as pessoas, também. da primeira vez que vim a esta cidade também não gostei do que pude colecionar; mas agora passa a fazer sentido. o desconhecido, não o entendo pelo aparelho, sinto-o invadindo. só posso fotografar de aqui para lá. debruçando-me.

uma coisa bonita de buenos aires é que as pessoas sentam em qualquer lugar pra fazer qualquer - ou nenhuma - quoisa.

decidi fotografar aviões. a espera, crase entre parênteses.

ezeiza

vôo daqui a pouco pra de volta pra argentina pra filmar parte do aclamado projeto viajantes.

buenos aires foi a cidade que me fez mesmo começar a desenhar. e esse foi o primeiro desenho que eu fiz e gostei; pouco antes de voar de volta pro brasil.

Tatuagem

referências pescadas da pesquisa que fiz em estúdios aqui de São Paulo.

Francesca Woodman

da materialidade na fotografia. história, história, história.
um recorte e cole meu de trabalhos de Francesca pra amostrar algo que tenho pesquisado.

outras imagens dela aqui.

no começo eram os pronomes; pre-nomes inteiros e unos. então tinha só um, sempre, que era tudo. daí vieram os nomes pra juntar as coisas, só que o juntar era fazer delas metades - simbólias. 

inventaram o outro; só que com ele, um migo. 

tenho procurado olhar as coisas de frente.